Além
de saber quais interfaces possuem clientes interessados em grupos
multicast, os roteadores devem saber como rotear pacotes entre eles
para garantir que todos os integrantes de um grupo (independentemente
de localização geográfica) recebam o tráfego
que eles precisam.
A
Figura 5 ilustra esta questao de maneira mais clara.
Os clientes em vermelho pertencem ao mesmo grupo multicast. Percebe-se
no entanto, que os roteadores C e B não
possuem clientes interessados no grupo. O objetivo dos protocolos
de roteamento é fazer com que os pacotes passem por este roteadores
para que possam chegar até E e F.
Isto é feito criando árvores que interconectam
todos os roteadores que possuem clientes pertencendo a um determinado
grupo.
Figura
5: Protocolos de roteamento estabelecem árvores para conectar
os todos os clientes de um grupo.
Atualmente
a construção dessas árvores vem sendo resolvida
através de duas abordagens: group shared trees e
source shared trees. Na primeira, uma única
árvore por grupo é construída para interligar
todos os clientes. Na segunda, caso o grupo possua N clientes, serão
criadas N árvores a partir da fonte.
São
exemplos de protocolos de roteamento:
DVMRP:
Distance Vector Multicat Routing Protocol, foi o primeiro
protocolo de roteamento multicast utilizado na internet. O DVMRP
implementa source-based trees com RPF (Reverse Path Forwarding).
PIM(DM/SM):
Protocol
Independent Multicast. Existem dois tipos: Dense mode e
Sparse Mode. PIM-Dense Mode considera que existe
uma grande quantidade de clientes de grupos espalhados pela rede.
Neste modo, assume-se que todo roteador deve receber os pacotes
de grupos multicast, cabendo ao próprio roteador deixar explícito
que não deseja (mensagem de prune) mais
recebê-los. Por outro lado, PIM-Sparse Mode assume que os
membros de grupos multicast estão em pequeno número
e geograficamente espalhados de maneira os roteadores precisam solicitar
explicitamente seu interesse em receber pacotes de um grupo (mensagem
de join).
MOSPF:
Multicast Open Shortest Path First protocol (MOSPF). Opera dentro
de sistemas aotônomos que utilizam o protocolo OSPF para roteamento
unicast. MOSPF estende OSPF pela adição dos grupos
multicast de interesse às informações de estado
do link que são passadas como parte do protocolo OSPF. Com
esta estensão, Todos os roteadores têm, não
somente a topologia completa da rede, mas também conhecem
quais roteadores têm clientes pertencendo aos vários
grupos multicast. Com esta informação, os roteadores
dentro de um AS podem criar árvores de menor caminho em direção
aos grupos.
MBGP:
Multiprotocol
Border Gatway protocol. Protocolo utilizado no roteamento multicast
entre Sistemas Autonômos.